terça-feira, 28 de agosto de 2012

SIM, EU SOU NERD


Eu sempre me enquadrei na categoria menina-que-gosta-de-coisa-de-menino.
 
Curto rock, filmes de ação, futebol, matemática e física, costumava montar (fisicamente) o meu próprio computador e não sou fã de caipirinha de saquê com frutas vermelhas e nem da Hello Kitty.

E sempre fui bem meio nerd.

Senhor dos Anéis, RPG, videogame, super-heróis, Age of Empires e, depois de vir pra São Paulo, ainda peguei gosto por quadrinhos.

Agora imagina a pessoa aqui, uns 10-12 anos atrás, em Jales pré-Mercado Livre, tentando comprar um livro de regras de D&D (pra quem não conhece, é um RPG de mesa).

Missão impossível, né?

Ta bom que hoje em dia a coisa é bem mais simples do que naquela época (viva a Nossa Senhora da Banda Larga), mas estar em São Paulo facilita ainda mais a busca.

E por que tudo isso mesmo?

Porque no último final de semana eu estava a fim de comprar uns gibis do Batman, então peguei o meu namorado não-tão-nerd-assim e fui exercitar meu lado The Big Bang Theory numa... Comic Book Store!!! 

Fomos pra Comix e, enquanto ele ficou tentando esconder a cara de bode e só participou na hora de alcançar pra mim um gibi que estava na última prateleira, a nerd aqui ficou se divertindo do lado dos “mano” a cada clássico que achava.

Comix

Sai feliz e saltitante com um Ano 1 (olha que lindo!) e um Longo Dia das Bruxas e aí dei de cara com a Limited Edition.

Batman - Ano 1

Foi quando eu parei pra pensar que num espaço de umas 4 quadras encontramos 3 lojas pra geek nenhum botar defeito (ai como eu vou sentir falta de morar perto da Paulista):

Alameda Jaú, 1998
Horários:
2ªf a 6ªf: 11h às 20h
Sábados e Domingos: 10h às 18h

Quadrinhos, livros de RPG, miniaturas, Magic, dados e por aí vai. É super tradicional e você percebe que o pessoal que trabalha lá é porque curte isso mesmo. Tem clássicos, coleções mais modernas e os gibis dos mais diversos personagens espremidos numa loja quase escura.

Rua da Consolação, 2753
Horários:
2ªf a 6ªf: 11h às 20h
Sábados: 10h às 20h

Loja de brinquedos pra adultos. Miniaturas, sabres de luz, chapéu do Harry Potter. Tudo lindo, bem acabado, de boa qualidade e... caro. Mas a diversão vale uma visitinha. Os caras são tão referência no universo nerd que receberam até visita dos atores do The Big Band Theory quando estes vieram a São Paulo divulgar a nova temporada da série.

Alameda Santos, 2152
Horários:
2ªf a Sábado: 9h às 22h
Domingos e Feriados: 12h às 20h

No final de abril de 2012 a Livraria Cultura inaugurou um espaço separado dentro do Conjunto Nacional focado só em produtos geeks. Games, bonecos, quadrinhos, filmes de animação, RPG, revistas, trilhas sonoras e etc. Esse é o único que eu ainda não visitei, mas, passando em frente, vejo que está sempre cheio.

Coisas que só morar em São Paulo faz por você...

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

CONFISSÕES DE UMA PUBLICITÁRIA

Eu sei que o foco do blog é outro, mas como eu falei quando tentei montar um escopo, de vez em quando eu vou falar sobre outras coisas.

E semana passada eu vi que era a hora quando passei dias pensando em sobre o que escrever e nada sobre São Paulo saia, porque eu não conseguia pensar em uma coisa diferente do que uma tendência que anda me incomodando na propaganda.

Mas tem coisa mais paulistana que o mercado publicitário?

É aqui onde se concentram as maiores agências, os maiores clientes, as maiores verbas e os profissionais que mais se matam. Não estou falando que os outros lugares não tenham boas e grandes agências, clientes, verbas e profissionais, só defendo que aqui é onde temos uma concentração bem maior (ah vá!).

E eu, como pessoa inserida nesse meio, tenho um desabafo a fazer:

A PROPAGANDA ESTÁ CADA VEZ MAIS CHATA!!!

Não só a propaganda, mas o mundo em geral. O século XXI chegou com um puta conservadorismo. Tudo é bullying, concorrência desleal, propaganda enganosa, ofensivo, errado, abusivo e o caralho a quatro (sem riscar o palavrão dessa vez, pra ressaltar o nível de revolta).

Eu já venho pensando nisso há algum tempo e, conversando com outras pessoas, vejo que é um sentimento que muita gente compartilha, mas a recente polêmica envolvendo a Nokia com o casePerdi meu amor na balada” me fez gastar um tempo a mais refletindo sobre isso.


Não estou falando que a ação foi boa ou ruim (inclusive, super concordei com os argumentos desse texto que fala sobre como não foi muito esperto), mas processo no CONAR porque teve menininha frustrada que se sentiu enganada por ter visto acabar o sonho de encontrar o príncipe encantado na balada é de ferrar, né?

Ah, tadinha, a Nokia te enganou? Então aprende a ser mais realista e não enche o saco dos outros, PORRA.

Não era muito legal ver a briga dos anos 80 entre Coca-cola e Pepsi?

Lógico que não é a solução pra todo cliente, tem posicionamento, perfil do target, do mercado e mais muita coisa envolvida, mas era uma POSSIBILIDADE.

Essas restrições fazem com que a gente ande pra trás, mate boas ideias e ainda dificultam que o maior objetivo da propaganda aconteça: que a gente se encante por alguma coisa.

A propaganda tem que vender sim, tem que passar mensagem sim, mas ela só faz a diferença se encantar. Seja pela emoção, seja pelo riso, pela motivação, mas o encanto tem que existir.

E quanto mais restritivas as regras são, mais difícil fica atingirmos esse objetivo.

Tem gente que encontra boas alternativas? Tem!

Um bom exemplo é a última campanha da Gillette que indiretamente faz alusão a um de seus concorrentes, a Bic. Ficou legal, ficou divertida, deu uma alfinetadinha e funciona! (Vídeos aqui e aqui).

Poxa, a nossa sociedade está evoluindo em tantas coisas, por que regredir nisso?

Hoje em dia tem que ter diversidade de etnias, preocupação com o meio-ambiente, busca pela vida saudável, ninguém mais pode fumar, bebida alcoólica só com aparência de mais de 25 anos, criança não compra, marcas não brigam e pôneis não são malditos.

Ah gente, vamos levar a vida mais leve, dar risada das piadas, implicar menos, errar mais, a perfeição é muito chata e a vida é muito curta!

Não que eu seja a favor de propaganda pra cigarro e ache que todos temos que ligar o "foda-se" pra saúde e pro meio-ambiente, mas que tal acreditar um pouco na inteligência do ser humano de julgar o que é próprio ou não, sem restrigir tanto a propaganda em si?

(Isso é a opinião totalmente parcial de UMA pessoa, então, se você se sentiu ofendido com alguma coisa, não reclame de mim no CONAR, ta?)