segunda-feira, 21 de outubro de 2013

ESCAPADA DE FINAL DE SEMANA: Represa de Itupararanga

Hora de sacudir a poeira, tirar as teias de aranha daqui (de novo) e, aproveitando que o sol e o calor perceberam que estamos na segunda metade de outubro e resolveram dar as caras, falar de um programa que eu ando querendo postar aqui tem um tempo.

Numa galáxia muito distante, antes de eu e o Marcelo gastarmos todo o nosso tempo e dinheiro programando casamento e investindo em apartamento, a gente pedalava com razoável frequência com um pessoal de Sorocaba (informação interessante: Sorocaba é uma das cidades com o maior número absoluto de vias para ciclistas, sejam elas ciclovias ou ciclofaixas, são mais de 100km interligados pela cidade toda, que, além disso, tem inúmeras opções de trilha para quem curte pedalar na terra. Mas isso é assunto pra outro post rs).

Bom, na tentativa de melhorar o título de amigos desnaturados, nós fomos pra lá há alguns finais de semana pra rever o pessoal e, no meio do bar e de uma das melhores batatas gordas (leia-se: batata frita com queijo e bacon) que eu já comi, tivemos a ideia de ficarmos um pouco mais no domingo pra ir conhecer a Represa de Itupararanga, que fica lá perto.

Dom Pimenta

Um pouco de cultura (via Wikipédia): A represa foi construída há mais de 100 anos para abrigar a Usina Hidrelétrica de Itupararanga, e hoje abastece Sorocaba, Votorantim, Ibiúna e algumas outras cidades da região. Ela fica a cerca de 100km de São Paulo, podendo ir pela Raposo Tavares ou pela Castelo Branco, e a estrada é boa em grande parte do trajeto (só no finalzinho que rola uma estrada de terra, mas nós estávamos em um carro baixo e mesmo assim passamos tranquilamente).

Em resumo, ótima sugestão pra um bate e volta pra quem não está a fim de ir pra Guarapiranga (que vai ser tema de um próximo post) pra curtir um dia tranquilo com atividades na água.

Nós fomos pro São Francisco Sailing Club, um clube mais distante da “bagunça” (porque ir pra beira do rio pra ficar ouvindo galera com “Pre-pa-ra” no último volume no carro não é bem a minha ideia de programa legal). Para entrar custa R$ 10 por pessoa e você paga a parte o que consumir lá (seja comida/bebida ou aluguel de equipamentos). Se quiser levar a própria comida, paga um pouco mais caro, R$ 20 por pessoa.

Tem um gramado gostoso, mesinhas num deque, redes, comidinhas de boteco e rola aluguel de equipamentos pra stand-up paddle, caiaque e vela a preços que eu achei razoáveis (para o SUP, o preço era de R$ 20 para meia hora e de R$ 30 para 1 hora) e os caras te assessoram bem caso você nunca tenha feito alguma das atividades.

Ah, e pra quem quiser, eles também tem esquema pra acampar, com estrutura de banheiros e equipamentos liberados depois que o clube fecha (18h, se não me engano).

Achei um programa bem gostoso pra sair de São Paulo e dar uma relaxada num dia de sol sem gastar tanto e sem pegar a loucura da praia no verão.

Uma pontinha de rede e muito verde

Galera fazendo SUP

Dom Pimenta (bar da batata gorda)
Rua Fernando Silva, 400, Jd. Astro - Sorocaba
Tel.: 15 3346-0569
Horários:
3ªf a Sáb.: Das 17h às 00h
2ªf e Dom.: Fechado

São Francisco Sailing Club 
Estrada Municipal Carolina Paes Granjeiro - Piedade
Tel.: 15 98105-0005

Créditos: 
Fotos by Márcio Leite de Souza e o garçom

quarta-feira, 19 de junho de 2013

O POVO (GIGANTE) ACORDOU

Atenção, atenção! Interrompemos nossa programação para um comunicado individual e parcial sobre as manifestações que estão ocorrendo por todo o país. 

Eu sempre fui uma pessoa mega cética, que só tirou o título de eleitor aos 16 anos porque precisava do documento pra fazer a matrícula da faculdade e que só fez a transferência dele de Jales pra São Paulo uns 6 anos depois (e aí parou de ter a desculpa de sempre justificar o voto).
 

Vergonhoso?
 

Posso falar? Nunca liguei.
 

Nunca acreditei no potencial do Brasil de “tomar jeito”, de um dia de me dar orgulho e me fazer cantar o hino nacional com gosto.
 

Sempre falei que achava que o país só teria solução se um dia tudo explodisse e começasse do zero e que o que eu queria mesmo era fugir daqui pro exterior.
 

É o que eu realmente acreditava e também a minha desculpa pra não me interessar por política e não me sentir nem um pouco culpada por nem saber quem é o atual vice-presidente do Brasil (já sei, já sei, o Michel Temer, o Marcelo me contou esses dias, tipo na semana passada).
 

Não era falta de cultura, mas sim de interesse, somado a um desânimo total com o meu país.
 

É por tudo isso que, na 2ªf, quando uma amiga do trabalho veio me falar que estava morrendo de vontade de ir à manifestação daquela noite e que vários amigos dela iriam, eu achei um absurdo.
 

Mas poxa, ela faz uma faculdade legal, estuda, morou fora do país, por que quer se misturar com esse bando de desocupados?
 

Bom, cada doido com a sua, deixei pra lá.
 

E por um acaso, eu fiquei até mais tarde na agência, vendo as notícias na TV que alguém tinha deixado ligada.
 

E o que eu vi foi uma coisa bem diferente do que eu esperava.
 

Uma quantidade absurda de pessoas na rua, em paz, protestando por diversos assuntos, não só por R$ 0,20, mas por uma insatisfação geral e uma vontade de mudar as coisas que eu achei que ninguém mais tinha ou levava a sério.
 

Aquilo foi me fazendo questionar um pouco a minha postura e me dando vontade de ir lá, pro meio da bagunça, pra ver qual era a daquelas pessoas.
 

Bom, resumindo a ópera, ontem lá fui eu, no 6º Ato, pra Praça da Sé, andar até a Avenida Paulista junto com milhares de outras pessoas.
 

Pra reclamar de um aumento de R$ 0,20 no preço do ônibus? Num movimento organizado por um grupo que prega que o transporte público deveria ser gratuito?
 

Óbvio que não!
 

O transporte público é pago no Brasil e na maior parte das cidades do mundo, o problema é a qualidade do nosso transporte, que só fica mais e mais caro, mas não faz com que eu possa deixar o carro de lado e ir trabalhar de metrô/trem/ônibus.
 

Mas o ponto principal não é esse e nem vale entrar nele. Se alguém quiser uma visão legal sobre isso, vejam este post.
 

O ponto é que eu vi uma geração aprendendo a sair do Facebook e protestar. Uma geração que eu sempre julguei apática e conformada, e que sempre usei como desculpa pra ser apática e conformada.
 

E também uma geração de policiais aprendendo a agir nesses casos.
 

E ainda, uma geração de políticos aprendendo (alguns) a estar do outro lado da manifestação.
 

E como isso é do caralho foda (sim, merece o palavrão)!
 

Como foi foda subir a Brigadeiro e ver velhinhas na janela agitando panos brancos em apoio à manifestação.
 

Como foi foda estar na Avenida Paulista e ligar pra minha mãe ir me encontrar lá, sem me preocupar com a segurança dela.
 

Ouvi-la dizendo que estava emocionada e surpresa, por nunca ter achado que a minha geração poderia ter uma atitude desse tipo.
 

E como foi mais foda ainda cantar o hino nacional embaixo do vão livre do MASP lotado e, pela primeira vez, sentir orgulho por fazer parte dessa população.
 

Mas, depois, como foi triste chegar na minha casa, ligar na Globo News, e ver comentariozinhos implícitos de que os manifestantes não têm uma agenda política pra estarem nas ruas reclamando.
 

Agenda política? Sério?
 

Vamos fazer assim? Parem de roubar e de tratar as pessoas como idiotas com PEC 33, PEC 37, Ficha “Suja”, CPI’s que não levam a nada e sei lá mais o quê. Sim, é o básico, mas acho que com isso já começaremos a ficar mais satisfeitos. Depois, sobre o resto, a gente conversa.

E eu realmente torço pra que isso não seja só um fogo de palha sem reflexo nenhum nas nossas urnas.
 

É pedir muito?



segunda-feira, 20 de maio de 2013

A VIBE É SER ZEN


Quem me conhece, sabe que eu sou uma pessoa zen. Calma. Centrada. Que fala baixo. Quase uma monja (escreve assim?) tibetana. Inclusive eu passei 7 anos com um monge no Tibet pra atingir a elevação espiritual que eu tenho hoje.

É por isso que eu faço yoga, meditação, técnicas de respiração e sempre quis ir conhecer o templo budista Zu Lai que tem em Cotia, pertinho de São Paulo (ta, esse parágrafo é verdade).

E esse acabou sendo o segundo item do meu “check list” dos 10 anos de São Paulo (eu sei que faz tempo, mas eu contei sobre isso no último post, juro).

Depois de 1h de trânsito entre Rebouças e Raposo (rolou um acidente na Raposo, que travou tudo, geralmente é mais rápido), chegamos no templo naquele mau humor absurdo e nos deparamos com a seguinte vista, que é de um jardim gigante que tem lá.



Bom humor reestabelecido com essa vista linda, hora de passear pelo jardim.



Fomos até a parte de cima, onde tem um caminho cheinho de estátuas e dá pra ver um pedaço do templo.



Bom, jardim lindo, mas eu vim ver um templo, né? E olha a entrada dele aí.



Subindo a escadaria tem um pátio gigante (onde tinha uma galera fazendo aula de kung-fu ou alguma coisa assim, com o professor tirando o sangue das pobres pessoinhas), o templo em si (de onde eu fui chutada por estar com um fashion ombro de fora – por sinal, vale dar uma olhada nas regras de conduta antes de ir pra não tomar bronca), lojinha (de onde também fomos todos chutados porque já tinha chegado a hora de fechar e nós não estávamos com cara de quem ia comprar), cafeteria, salas de meditação, um espaço lotado de macaquinhos (lotado MESMO) e um cantinho com chá de jasmim de graça (sem açúcar, eca!).


Aula de Kung-Fu (ou não)


Detalhe do Templo


Macacada


Chá de Jasmim (sem açúcar)

O templo é lindo e muito gostoso, mas também é um lugar muito legal pra aprender um pouco mais sobre uma religião diferente das que estamos acostumados por aí (e, na minha humilde opinião, mais humana também).

Fora a parte turística, tem o pessoal que está lá pelo estilo de vida, pela religião mesmo, e aprender um pouco mais sobre isso, mesmo sem acreditar, nunca fez mal pra ninguém ;)

Ah e vale ir num dia de sol, que deixa a paisagem ainda mais bonita.

Templo Zu Lai
Estrada Municipal Fernando Nobre, 1461 - Cotia 
Tel.:11 4612-2895
Horários:
3ªf a 6ªf: Das 12h às 17h
Sáb., Dom. e feriados: Das 9h30 às 17h
2ªf: Fechado

Créditos:
Fotos by Victor Alexandre Marques

terça-feira, 30 de abril de 2013

OI, PINACOTECA


Em menos de 1 ano eu completo 10 anos morando em São Paulo (10 anos, Jesus, cadê meu anti-rugas?).

E como boa paulistana de coração, eu resolvi que precisava arrumar mais um compromisso pra encaixar na minha já complicada agenda: tomar vergonha na cara e conhecer a cidade decentemente.

Oi??

É, poxa, quase 10 anos morando aqui e eu não conheço vários lugares importantes da cidade. Se deixar, eu conheço mais pontos turísticos do Rio de Janeiro do que de São Paulo.

Bom, desculpas e absurdos a parte, eu e o Marcelo estávamos conversando sobre isso outro dia e, inconformados, resolvemos fazer uma lista de lugares que precisávamos conhecer ou revisitar antes de eu completar os 10 anos.

Começou com uma meia dúzia de lugares clássicos, mas foi super aumentando e agora virou compromisso pra praticamente todo final de semana.

E eu estou adorando!

Nos últimos três finais de semana eu conheci a Pinacoteca e o templo budista Zu Lai e revisitei Embu das Artes e o Parque da Independência (com o Museu de brinde).

O único “problema” é que, a cada lugar visitado, a gente olha um pro outro e fala “Putz, vamos anotar pra gente voltar aqui?”, então a lista nunca diminui.

Então pra tentar reviver o blog morto, vou compartilhando com vocês estas experiências e dando algumas dicas do que eu achei legal.

E começando em ordem cronológica pra facilitar a minha vida, lhes apresento: a Pinacoteca.



Bom, o acesso é ridiculamente fácil, através da Estação da Luz (linhas Amarela e Azul do Metrô e 11-Coral e 7-Rubi da CPTM).

Chegando lá, se o tempo estiver razoável, eu mega recomendo uma voltinha no revitalizado Parque Jardim da Luz, que tem a Pinacoteca integrada ao seu espaço (quase) assim como o Central Park tem o Metropolitan.




Bom, sobre a Pinacoteca em si, a minha impressão (que é de uma pessoa que prefere muito mais atividades ao ar livre do que museus) é de que é legal. Vale cada centavo dos R$ 6 de entrada. Mas só.

Dá pra visitar tudo em umas 2 horas e de quebra ainda dar uma voltinha na Estação da Luz, que é linda (e que eu não fui porque passei mais tempo do que o previsto no parque, mas está na lista!).


Ah e tem um café fofo com mesas do lado de fora que dão vista pro parque. Bem gostosinho, mas achei os preços um pouco salgados demais, então acho que vale só uma aguinha ou um café pra curtir o ambiente mesmo.




Se alguém ainda estiver sem programação pro feriadinho de amanhã, #ficadica ;)

Pinacoteca do Estado de São Paulo
Praça da Luz, 02 - Luz
Tel.: 11 3324-1000
Horários:
3ªf a Domingo: 10h às 17h30 (5ªf aberta até àh 22h com entrada franca a partir das 18h
Ingresso: R$ 6,00 (grátis aos sábados)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

RESPIRA FUNDO E... SÓ


Pela quantidade de habitantes que temos na cidade, são poucas as pessoas que realmente gostam de São Paulo (a doida da minha mãe é uma delas).

Tirando essas, tem os que se conformam e vão tocando a vida, tem os que reclamam loucamente, mas não conseguem morar em outro lugar, tem os que acham que a estadia tem prazo de validade e ficam sonhando com quando morarem em outro lugar (prazer, Giovanna).

Ainda mais quando você pega uma louca ansiosa e estressada como eu, que tem tudo o que existe de pior potencializado pela correria da cidade.

E aí o que acontece?

A mãe fala que não da mais pra conviver com você nesse estresse todo, descobre uma ONG indiana chamada Arte de Viver que, com técnicas de respiração, promete ajudar a melhorar o estilo da pessoa e te dá o curso de presente de aniversário.

E lá fui eu, no final de 2009, reclamando e resmungando que ia perder um final de semana inteiro, que estava trânsito, chovendo, que ia ter que acordar cedo e bla bla bla bla.

Bom, encurtando a ópera, eu sai do curso super feliz, me sentindo renovada, bem-humorada, bem disposta e bem descansada, prometendo que ia seguir as práticas diárias até o final dos meus dias.

Durou sabe quanto? Acho que uns dois dias, sendo mega otimista.

O tempo passou, o estresse foi todo acumulando de novo, eu ainda larguei a terapia e comecei a ficar uma louca de novo.

Aí a decisão de tomar uma atitude antes de ser expulsa de casa foi minha mesmo e lá fui eu sugerir pro meu namorado de fazermos o curso juntos (eu, pra desestressar, ele, pra ajudar a manter o foco/concentração).

Foi uma experiência ótima, só perdeu para a primeira vez por não ter a surpresa, a novidade, mas sai me sentindo tão bem quanto.

E agora estou me esforçando mais para seguir com as práticas. Ainda não todos os dias porque rola preguiça e uma pitada de falta de tempo, mas o importante é não desistir.

Se interessou? Quer saber como funciona?

Bom, o curso não é muito fácil de explicar, só fazendo mesmo, mas vou dar um overview.

No Parte 1, que foi o que eu fiz, você se compromete por uma 6ªf das 19h30 às 22h30, pelo sábado e pelo domingo das 9h às 17h e pela 2ªf também das 19h30 às 22h30. Mas tem váriações de cursos e horários em várias datas ao longo do ano.

Parece puxado, mas você acaba não vendo o tempo passar (apesar de ser cansativo) e precisa só conseguir se comprometer com os horários para não atrasar e nem faltar. Porque o curso é contínuo e um dia sempre depende do que você aprendeu no anterior.

E o que rola?

Uma mistura de yoga, técnicas de respiração, meditação e ensinamentos de algumas coisas que ajudam a melhorar a qualidade do dia-a-dia.

E posso falar?

Eu sou uma pessoa mega cética e tolerância zero pra coisas muito espirituais e subjetivas, mas o curso vale a pena mesmo. No começo você pode se sentir meio desconfortável em se abrir e se relacionar diretamente com as pessoas, mas no final do segundo dia isso já vai passando.

Abaixo algumas fotos que tirei durante o curso que fiz agora em janeiro.

Sri Sri Ravi Shankar (o idealizador da Arte de Viver)

Tudo arrumadinho para começar

Sede Vila Nova Conceição

Quem se interessar, informações técnicas abaixo sobre as unidades de São Paulo:

- Unidade: Perdizes
Rua João Ramalho, 1171
Tel.: 3569-6000

- Unidade: Vila Nova Conceição
Rua Sampaio Góis, 70
Tel.: 3569-6000